Foto: Um dos destaques do time, o atacante Nilmar é a esperança de gols do Internacional. (Foto: Reprodução)

Internacional tenta resgatar a hegemonia brasileira na Libertadores

Durante nove anos, entre 2005 e 2013, os clubes brasileiros viveram uma grande fase na Copa Libertadores. Em todos esses anos, pelo menos um clube brasileiro chegou à final da competição continental. Entre 2010 e 2013, o maior feito do Brasil até aqui, quatro títulos consecutivos, com Internacional, Santos, Corinthians e Atlético Mineiro levantando o troféu. Em 2014, contudo, os brasileiros fizeram feio na Libertadores. Na pior campanha de clubes tupiniquins em tempos, nenhum clube brasileiro se classificou para as semifinais do torneio. Para piorar, o Brasil só teve um participante dentre os oito finais, o Cruzeiro, que acabou derrotado pelo campeão San Lorenzo nas quartas de final.

Em 2015, o cenário é parecido, mas resta um sobrevivente. Cinco brasileiros disputaram a atual edição da Copa Libertadores. Com elencos estrelados, Cruzeiro, Corinthians, São Paulo, Atlético Mineiro e Internacional chegaram como alguns dos favoritos para a conquista do mais prestigioso torneio das Américas. Pouco a pouco, porém, eles foram caindo. Os cinco fizeram bonito na fase de grupo e todos se classificaram para as oitavas de final. Na primeira fase do mata-mata, três ficaram pelo caminho.

Grande favorito no começo da competição, após vencer os quatro primeiros jogos no grupo da morte, o Corinthians caiu bruscamente de rendimento e foi eliminado pelo Guaraní nas oitavas de final. Seu adversário no grupo da morte, o São Paulo caiu nos pênaltis para o compatriota Cruzeiro. A Raposa, por sua vez, chegou a largar na frente do River Plate nas quartas de final, mas levou uma sapatada por 3 a 0 no Mineirão e se despediu de forma melancólica do torneio. O Galo, campeão de 2013, se classificou na bacia das almas na fase de grupos, mas foi eliminado pelo Internacional nas oitavas.

O colorado, por sua vez, é o “último dos moicanos”. Único sobrevivente brasileiro, o Inter tenta resgatar a supremacia tupiniquim, que vem desde 2005, mas ficou para trás no ano passado. Nas semifinais, o Internacional enfrenta o Tigres, uma das surpresas da competição. Na outra chave, o gigante River Plate e a zebra Guarani lutam pela outra vaga na final.

Mesmo após a boa fase vivida nesta última década, o Brasil ainda está atrás da Argentina, na lista dos maiores vencedores da história da Libertadores. Os Hermanos lideram com 23 títulos, contra 17 dos brasileiros. Em terceiro aparece o Uruguai, com oito conquistas.

Para tentar se sagrar campeão da Libertadores pela terceira vez em sua história, o Inter aposta em seu elenco estrelado, formado por jogadores experientes como D’Alessandro, Lisandro López, Nilmar, Alex, Anderson e Juan, além de jovens promessas como Vitinho, Valdivia e Eduardo Sasha. Comandado pelo uruguaio Diego Aguirre, o Inter tem em seu ataque a sua maior força. Por uma vaga na final, o Colorado terá pela frente o Tigres, do México, que gastou quase R$ 60 milhões em contratações neste último mês para tentar fazer história e ser a primeira equipe mexicana a levantar o troféu da Libertadores.
Na fase de grupos da Libertadores, o Inter se classificou como o líder do Grupo 4, desbancando Emelec, The Strongest e a Universidad de Chile. Nas oitavas de final, a equipe gaúcha eliminou o Atlético Mineiro, em duelo brasileiro. Nas quartas, o Inter teve de se recuperar após perder o primeiro jogo por 1 a 0, fez 2 a 0 para cima do Santa Fé, da Colômbia, no Beira Rio e garantiu a sua vaga entre os quatro finalistas.

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