A Libertadores é a competição de futebol mais popular e seguida na América. Porém, começou, como tudo, aos poucos e foi adquirindo diferentes formas e versões. E o troféu entregue ao campeão de cada edição também sofreu algumas variações, tendo toda uma história de criação por trás. Mas onde e como surgiu esse troféu, e que alterações teve no decorrer dos anos?
A ideia de entregar um troféu a cada edição do torneio, para o ganhador, surgiu de Teófilo Salinas, representante do Comité Executivo da Conmebol, tendo sido graças a ele que a iniciativa foi considerada e levada à prática para elaborar o prêmio físico. Pois ele tinha tido a ordem de buscar alguma estrutura que servisse para premiar o ganhador.
O troféu foi inventado por Alberto de Gasperi, um imigrante italiano que foi residir no Peru. Ele era administrador de uma loja de artesanatos em Lima chamada Joalheria Camusso. Segundo ele mesmo o informou, a parte mais difícil foi a de convencer Teófilo Salinas do desenho. Ele deu a ideia, com a qual foi feito um primeiro desenho, do qual Salinas não gostou. Pelo que teve que ser desenhado outra vez. Depois, enquanto era elaborado, sofreu várias modificações, até que conseguiram a aprovação de Salinas.
O resultado final não foi trabalho só do italiano, mas dele em conjunto com uma equipe de 12 artesãos, para poder terminar dando vida ao que hoje é um dos símbolos mais emblemáticos.
O troféu original foi construído em várias peças de prata esterlina e tinha o objetivo de imitar a forma de uma bola de futebol, em duas peças. A interseção dessas peças foi tapada com uma fita que, em princípio, levaria os nomes dos clubes campeões. Mas essa ideia não progrediu por causa de que não havia suficiente espaço, pelo que decidiu colocar “Copa Libertadores”.
Mas o troféu tem também um significado especial. A sua estrutura representa a dualidade do futebol, já que tem parte de arte e parte de rua. A única parte do troféu que não é de prata é o homem que está na parte superior, o qual é de bronze. Uma curiosidade é que a figura humana era uma utilizada nos troféus de um torneio de futebol infantil de colégios.
O pedestal estava pensado para 18 placas, podendo conter assim os campeões entre os anos 1960 e 1977. Acredita-se que isso pode ter sido por causa da pouca confiança que tinham os organizadores do evento, já que não acreditavam que pudesse continuar se celebrando durante tantos anos. Mas com o passar do tempo, foram acrescentados mais espaços para colocar novos campeões. Tendo que reorganizar os que já estavam. E, por último foi necessário aumentar o tamanho do pedestal, só que isso não durou muito. Pois o troféu foi vítima de um acidente, após o qual teve que ser reparado, no Chile, pela empresa Alzaimagen. Ocorreu que, em 2004, o troféu caiu das mãos do jogador Herly Alcázar, do Once Caldas, quando terminava de se consagrar vitorioso.
A última grande modificação foi feita em 2009, retiradas as velhas placas, colocando todas as novas do mesmo tamanho com o logo de cada time campeão. A atual estrutura tem um peso de 10,25 kg e mede 98 cm, formada de prata 925 e de cedro.
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