Troféu da Copa Libertadores

Depois de muita especulação ao longo dos últimos meses, a Conmebol enfim anunciou que mudará drásticamente a Copa Libertadores, valendo já para a próxima edição, em 2017. As mudanças – algumas delas radicais – farão a Libertadores se tornar bastante parecida com a Liga dos Campeões, tradicional competição continental europeia, organizada pela UEFA.

Dentre as principais mudanças, o que mais chama atenção é o fato que a Libertadores agora será um torneio que irá durar praticamente o ano inteiro, começando em fevereiro e terminando em novembro. A Libertadores não será mais, portanto, um torneio semestral. Outra mudança radical está no formato da final. Desde sua criação, a Libertadores sempre teve partidas de ida e volta na final, com a equipe com a melhor campanha tendo a vantagem de jogar a partida decisiva em casa. Isso também mudará. A partir de 2017, a final será igual à da Champions League. Ou seja, teremos jogo único na final, em campo neutro.

A partir de 2017, a Copa Libertadores terá também mais times. De 38 equipes, o torneio passará a ser disputado por 42 times. Antes da fase de grupo, a competição terá duas fases preliminares, no esquema de mata-mata, para decidir quais serão os 32 classificados para a fase de grupos. Outra mudança que chama a atenção: Os 10 clubes de melhor campanha que não se classificarem para as oitavas de final do torneio, terão como “prêmio de consolação” a oportunidade de disputar a Copa Sul-Americana do mesmo ano, algo que há anos vem sendo praticado na Europa, com clubes sendo “rebaixados” da Liga dos Campeões para a Liga Europa.

Nos próximos dias, a Conmebol anunciará quais países ficarão com as quatro novas vagas para o mais prestigioso torneio do continente. A CBF já solicitou à Conmebol o pedido para ficar com uma das vagas, ampliando o famoso G-4 do Brasileirão, para um possível G-5.

A explicação para essas radicais mudanças, foi feita pelo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, direto da sede da entidade, em Assunção, no Paraguai.

Depois de uma análise criteriosa das necessidades e características do futebol sul-americano, decidimos adotar o calendário anual para a Copa Libertadores. Por muito tempo os clubes tiveram que escolher entre priorizar o torneio nacional ou o torneio continental e isso acaba afetando a qualidade de ambas competições. Essa mudança nos permite melhorar o desempenho esportivo nos torneios nacionais e potencializar a qualidade de jogos nas competições continentais. – disse o mandatário da Conmebol.

Dominguez falou também sobre a decisão de mudar o formato da final da competição, alegando que o time que disputava a segunda partida em casa, tinha uma vantagem considerada muito grande.

– Analisando as estatísticas de todas as finais da Libertadores, chegamos à conclusão que o time da casa ganhou 7 de cada 10 finais disputadas. A justiça desportiva exige uma final única em campo neutro. – argumentou o chefão da Conmebol.

Foto: Troféu da Copa Libertadores

Conmebol anuncia mudanças drásticas na Libertadores
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