10 vitórias, três empates e apenas uma derrota. A impressionante campanha durante toda a competição mostra porque o Atlético Nacional foi, com toda a justiça, o campeão da edição 2016 da Copa Libertadores da América. 21 anos depois da estrelada equipe que tinha como padrinho o famigerado Pablo Escobar levantar o troféu, até então inédito, os colombianos repetiram a dose em grande estilo, com uma irretocável campanha.
Desde a fase de grupos, o futebol do Atlético Nacional encantava todo o continente. Mesmo em um grupo teoricamente complicado, ao lado de Huracán, Peñarol e Sporting Cristal, os colombianos não se intimidaram e terminaram a primeira fase de competição donos da melhor campanha, com cinco vitórias e um empate. Nas oitavas de final, o reencontro com o Huracán, segundo colocado do Grupo. No primeiro jogo, na Argentina, um mórbido empate em 0 a 0. Na partida de volta, um jogo eletrizante, com uma convincente vitória por 4 a 2.
Nas quartas de final, o tão esperado encontro com o Rosário Central, outra equipe que enchia os olhos dos espectadores. No primeiro jogo, na Argentina, melhor para o Rosario, que venceu com gol do talentoso meia Montoya. Na partida de volta, no Atanasio Girardot, o Atlético Nacional se complicou logo no início, quando Marco Ruben abriu o placar cobrando pênalti. A virada improvável e heroica veio aos trancos e barrancos, com gols de Guerra, Macnelly Torres e Berrio, este já nos acréscimos, para colocar os colombianos na semifinal.
Nas semifinais, o Atlético Nacional teve pela frente ninguém menos que o São Paulo, uma das mais tradicionais equipes brasileiras, quando se trata de Copa Libertadores. Após cerca de 80 minutos de uma partida muito tensa no Morumbi, o Nacional se aproveitou da expulsão de Maicon e com dois golaços de Borja já no final da partida, abriu uma grande vantagem para a partida de volta. Na semana seguinte, no Atanasio Girardot, o Atlético confirmou o favoritismo e voltou a bater o São Paulo, desta vez por 2 a 1, de novo com dois gols de Borja.
Na finalíssima da Copa Libertadores, o Atlético Nacional teve pela frente a grande zebra da competição, o Independiente Del Valle que eliminou na semifinal ninguém menos que o Boca Juniors, bicho papão da competição continental. No primeiro jogo, disputado na cidade de Quito, no Equador, o Nacional esteve perto de sair com mais uma vitória, mas um gol do zagueiro Mina, já no final da partida, deixou a decisão empatada e aumentou ainda mais a tensão para a grande final, disputada na última quarta-feira, em Medellín.
Com um Atanásio Girardot, na cidade de Medellín, completamente cheio, o Atlético Nacional recebeu o Independiente Del Valle em busca de consagração. Precisando apenas de uma simples vitória para faturar a tão cobiçada taça, os colombianos fizeram justamente isso e com uma partida burocrática, venceu por 1 a 0, com mais um gol do artilheiro Miguel Borja, faturando o bicampeonato da Copa Libertadores.
Foto: Atlético Nacional conquista a Libertadores e se classifica para o Mundial de Clubes. (AFP)
