RIVER PLATE CAMPEÃO!

O River Plate teve que esperar 19 anos para conseguir sua terceira Copa Libertadores da América. Ao igual que em 1986 e 1996, se fez forte no seu histórico estádio, o Monumental de Núñez, e gritou campeão novamente.
Após empatar por 0 a 0 no México, quem ganhasse em Buenos Aires seria o campeão da Libertadores. River não deixou dúvidas, se sobrepôs em um pouco favorável primeiro tempo e acabou festejando com um categórico 3 a 0 com gols de Alario, Sánchez e Funes Mori.

O primeiro tempo foi muito apagado, com poucas situações de perigo para cada lado. Muitos nervos, muitas imprecisões e a chuva fizeram deste um pobre espetáculo. A cor e o calor das pessoas nas arquibancadas de um Monumental lotado foram o maior destaque da noite. As duas equipes marcaram forte, tanto que o Tigres já tinha levado 4 cartões amarelos nos primeiros 25 minutos de jogo. O River sofreu somente o amarelo de Alario, poderia até ter sido expulso, já que foi uma entrada difícil e depois pisou encima do goleiro Guzmán, em uma jogada não vista pelo árbitro uruguaio, Darío Ubríaco.

Foi justamente no final do primeiro tempo que o jogo mudou, em uma jogada rápida quase que fora de contexto para o que vinha apresentando a partida. Vangioni levantou um cruzamento para dentro da área e Lucas Alario, de cabeça, coloca a bola contra a trave direita de Guzmán para abrir o placar e gritar gol. O jogador, recentemente chegado de Colón de Santa Fé, entrou de cheio na grande história do River Plate. Iam 44 minutos, estava morrendo o primeiro tempo e com este gol, também começou a morrer Tigres.

O time mexicano sentiu o golpe do gol no primeiro tempo e já no complemento não foi o mesmo. Teve uma boa oportunidade quando Damm, em notável corrida pelo setor direito, foi até o final do campo e levantou cruzamento para Aquino, quem cabeceou mal e mandou a bola muito por cima do gol. Pouco peso no ataque mexicano com um Gignac e Sobis bastante apagados e uma zaga cheia de problemas. Aos 30 minutos do segundo tempo, o próprio Aquino derrubou Carlos Sánchez dentro da área marcando o pênalti. Sánchez se encarregou de tomar a responsabilidade de chutar, fazer o 2 a 0 e levar a torcida à loucura e saborear o título. E para piorar as coisas para o Tigres, 4 minutos depois, Ramiro Funes Mori aproveitou um escanteio, ganhou por cima e decretou o 3 a 0 com gol de cabeça. Dalí até o final foi somente comemorações para o River Plate.

Incrível o momento do clube argentino, 4 anos atrás tinha caído para a segunda divisão pela primeira vez, estava em crise financeira e esportiva, mas tudo mudou. O futebol da revanche e desde a escuridão, River Plate escalou até o mais alto. Com a presidência de Donofrio, com Francescoli como manager e com o brilhante trabalho de Marcelo Gallardo como técnico, River encerrou um ano de forma incrível. Campeão da Copa Sul-Americana, da Recopa e da Libertadores, tudo em 10 meses. River Plate não é somente o campeão da América, é definitivamente o melhor time do continente ao ganhar as últimas 3 copas que disputou.

Esta é a sua terceira conquista na Copa Libertadores, sendo o nono time em consegui-lo e o quarto time argentino em ser tricampeão. Se consagrou após um mal desempenho na fase de grupos, dependendo de um triunfo do Tigres no Peru para se classificar, esse mesmo Tigres que lhe deu uma mão no seu grupo foi o que acabou sofrendo ontem. Após esse mau começo, River conseguiu entrar como último entre os 16 melhores. Deixando o seu eterno rival, Boca Juniors, fora da copa, em uma série carregada de problemas e conflitos. Da mão de Barovero, Ponzio, Sánchez, Mora e tantas outras figuras, fez uma campanha que ficará na memória de toda a torcida, que depois de 19 anos e tendo de viver o momento mais escuro da história da instituição, voltou ao topo, ao lugar que a história lhe tinha reservado. Um grande do continente americano que hoje olha desde o mais alto.

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Foto: River Plate campeão da Copa Libertadores 2015. (Foto: AP)

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